sexta-feira, 15 de julho de 2011

Praga_A cidade cenográfica

A viagem de avião foi péssima, 2h dentro do avião no aeroporto de Lisboa e depois uma viagem demasiadamente agressiva.. Mas finalmente chegamos a Praga. Cidade da cerveja, dos turistas, de um "bolo" que não me lembro do nome e da cenografia na arquitectura.


Na primeira abordagem que tenho da cidade fico a pensar.. Que cidade tão estranha.. Segunda abordagem apercebo-me o porque.. Tudo está arranjado, tudo está bonito, não há lixo nas ruas, portas com ar medieval, edifícios com brasões, os “guardas da torre” o toque de cornetas de hora a hora entre torres, turistas muitos turistas.. 


A sensação de ter chegado a uma Disney que não sendo dedicada à fantasia é dedicada a uma época no tempo. Como se a arquitectura da cidade tivesse estagnado no tempo e nos fizesse remeter para época medieval, sendo que a única coisa que nos faz acordar dessa sensação são as pessoas, as máquinas digitais e tudo o que estamos habituados nos nossos dias. 


                
Nesta cidade cenografada vê-se a importância que a Arquitectura pode ter para uma cidade. Aqui há uma preocupação com a manutenção do edificado. Na criação de fachadas para remeter para uma certa época. Praga vive da cenografia e da arquitectura, ou melhor, entre a arquitectura e a cenografia.
A noite é mágica, a maneira como a luz é trabalhada/pensada nesta cidade... Parece um espectáculo de Teatro permanente...


O objectivo desta viagem era ver o pavilhão da representação portuguesa na Quadrienal de Praga de 2011 construído dado que tive um ano a projectá-lo, construi-lo em maquete e a desenhá-lo tridimensional. Ao ver o pavilhão e sentir que de repente salto da escala da maquete e de repente parece que estou dentro da maquete mais uma vez é uma sensação indescritível..
Amei Praga, amei a quadrienal de Praga e amei a sensação de tudo ser possível mais uma vez.

Joana

06/07/2011 _ Deprevida


Mais uma fase depressiva da minha vida.. Neste caso deprivida.. Deprimida com a vida…
Não ando sempre deprimida, mas a realidade é que só me dá para escrever quando o estou. Porquê? Não sei.. Talvez uma necessidade fisiológica que remete para o facto de escrever significa que estou a partilhar o sentimento e que isso por si só faz com que fique menos pesado o fardo.
Sabia que esta fase ia chegar. Sabia que as coisas não duravam para sempre.. Mas ainda não sou aquela pessoa que queria ser que só pensa no presente e não sofre por antecipação. Em muitas coisas da vida já melhorei esse aspecto, mas noutros… No outro dia ao ver uma serie uma personagem dizia.. “O trabalho é a minha vida, se fico sem ele… O trabalho é a minha vida!” Sinto isso mesmo. Sinto que nos próximos tempos não vou ser eu mesma, sinto que nos próximos tempos vou construir um casulo e afastar-me do mundo. Peço desde já desculpas para quem sofrer com esse facto.
O refúgio? Onde está ele.. Vou precisar de um para os próximos tempos senão arrisco-me a desaparecer de vez e não voltar mais.. Sim.. Sei que sou uma drama queen, mas a vida é assim…
Até uma próxima mais feliz e menos negativa…