A viagem de avião foi péssima, 2h dentro do avião no aeroporto de Lisboa e depois uma viagem demasiadamente agressiva.. Mas finalmente chegamos a Praga. Cidade da cerveja, dos turistas, de um "bolo" que não me lembro do nome e da cenografia na arquitectura.
Na primeira abordagem que tenho da cidade fico a pensar.. Que cidade tão estranha.. Segunda abordagem apercebo-me o porque.. Tudo está arranjado, tudo está bonito, não há lixo nas ruas, portas com ar medieval, edifícios com brasões, os “guardas da torre” o toque de cornetas de hora a hora entre torres, turistas muitos turistas..
A sensação de ter chegado a uma Disney que não sendo dedicada à fantasia é dedicada a uma época no tempo. Como se a arquitectura da cidade tivesse estagnado no tempo e nos fizesse remeter para época medieval, sendo que a única coisa que nos faz acordar dessa sensação são as pessoas, as máquinas digitais e tudo o que estamos habituados nos nossos dias.
Nesta cidade cenografada vê-se a importância que a Arquitectura pode ter para uma cidade. Aqui há uma preocupação com a manutenção do edificado. Na criação de fachadas para remeter para uma certa época. Praga vive da cenografia e da arquitectura, ou melhor, entre a arquitectura e a cenografia.
A noite é mágica, a maneira como a luz é trabalhada/pensada nesta cidade... Parece um espectáculo de Teatro permanente...
O objectivo desta viagem era ver o pavilhão da representação portuguesa na Quadrienal de Praga de 2011 construído dado que tive um ano a projectá-lo, construi-lo em maquete e a desenhá-lo tridimensional. Ao ver o pavilhão e sentir que de repente salto da escala da maquete e de repente parece que estou dentro da maquete mais uma vez é uma sensação indescritível..
Amei Praga, amei a quadrienal de Praga e amei a sensação de tudo ser possível mais uma vez.
Joana