terça-feira, 6 de dezembro de 2011

PQ2011

PQ2011 - Representação Portuguesa na 12ª Quadrienal de Praga - Espaço e design da Performance.

João Brites e Rui Francisco - Teatro O Bando

Fotos: Joana Saboeiro

Foi bom estar envolvida num processo destes desde o início até ao fim.. Os limites somos nós que os traçamos, o impossível é possível.


segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

E porque a vida nos surpreende....

Há dias que não me apetece escrever, há dias que o tenho de fazer!
Objectivo nº 1: Marcar o dia para mais tarde recordar..
Objectivo nº 2: Porque senão o fizer rebento!
Pena não poder dizer nada em concreto, mas simplesmente posso dizê-lo... Há dias em que a vida nos surpreende.. Há dias que sabemos de antemão que marcam um novo processo na nossa vida... Há dias que concerteza irão marcar a nossa vida. Para mim hoje 5 de Dezembro de 2011 é um desses. Futuro risonho? Futuro perdido? Futuro rico? Futuro pobre? Não sei.. por isso se chama futuro...
O que eu sei é que este dia a partir de hoje vai ter um novo significado na minha vida...

Joluc@

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Praga_A cidade cenográfica

A viagem de avião foi péssima, 2h dentro do avião no aeroporto de Lisboa e depois uma viagem demasiadamente agressiva.. Mas finalmente chegamos a Praga. Cidade da cerveja, dos turistas, de um "bolo" que não me lembro do nome e da cenografia na arquitectura.


Na primeira abordagem que tenho da cidade fico a pensar.. Que cidade tão estranha.. Segunda abordagem apercebo-me o porque.. Tudo está arranjado, tudo está bonito, não há lixo nas ruas, portas com ar medieval, edifícios com brasões, os “guardas da torre” o toque de cornetas de hora a hora entre torres, turistas muitos turistas.. 


A sensação de ter chegado a uma Disney que não sendo dedicada à fantasia é dedicada a uma época no tempo. Como se a arquitectura da cidade tivesse estagnado no tempo e nos fizesse remeter para época medieval, sendo que a única coisa que nos faz acordar dessa sensação são as pessoas, as máquinas digitais e tudo o que estamos habituados nos nossos dias. 


                
Nesta cidade cenografada vê-se a importância que a Arquitectura pode ter para uma cidade. Aqui há uma preocupação com a manutenção do edificado. Na criação de fachadas para remeter para uma certa época. Praga vive da cenografia e da arquitectura, ou melhor, entre a arquitectura e a cenografia.
A noite é mágica, a maneira como a luz é trabalhada/pensada nesta cidade... Parece um espectáculo de Teatro permanente...


O objectivo desta viagem era ver o pavilhão da representação portuguesa na Quadrienal de Praga de 2011 construído dado que tive um ano a projectá-lo, construi-lo em maquete e a desenhá-lo tridimensional. Ao ver o pavilhão e sentir que de repente salto da escala da maquete e de repente parece que estou dentro da maquete mais uma vez é uma sensação indescritível..
Amei Praga, amei a quadrienal de Praga e amei a sensação de tudo ser possível mais uma vez.

Joana

06/07/2011 _ Deprevida


Mais uma fase depressiva da minha vida.. Neste caso deprivida.. Deprimida com a vida…
Não ando sempre deprimida, mas a realidade é que só me dá para escrever quando o estou. Porquê? Não sei.. Talvez uma necessidade fisiológica que remete para o facto de escrever significa que estou a partilhar o sentimento e que isso por si só faz com que fique menos pesado o fardo.
Sabia que esta fase ia chegar. Sabia que as coisas não duravam para sempre.. Mas ainda não sou aquela pessoa que queria ser que só pensa no presente e não sofre por antecipação. Em muitas coisas da vida já melhorei esse aspecto, mas noutros… No outro dia ao ver uma serie uma personagem dizia.. “O trabalho é a minha vida, se fico sem ele… O trabalho é a minha vida!” Sinto isso mesmo. Sinto que nos próximos tempos não vou ser eu mesma, sinto que nos próximos tempos vou construir um casulo e afastar-me do mundo. Peço desde já desculpas para quem sofrer com esse facto.
O refúgio? Onde está ele.. Vou precisar de um para os próximos tempos senão arrisco-me a desaparecer de vez e não voltar mais.. Sim.. Sei que sou uma drama queen, mas a vida é assim…
Até uma próxima mais feliz e menos negativa…

terça-feira, 17 de maio de 2011

Tabacaria - Fernando Pessoa

Identifico-me tanto que se soubesse escrever assim diria que o tinha feito....

"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
(...)
Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
(...)
Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
(...)
Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
(...)
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta
(...)
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
(...)
Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.
(...)"

Álvaro de Campos

sábado, 14 de maio de 2011

"Quem vai à guerra"

 
_1º projecto cinematográfico
_Reconhecimento
_Adorei fotografar e vivenciar esta criação de um "não lugar"

Joana

A noite do auge

Hoje foi a ante-estreia do documentário / filme "Quem vai à guerra" de Marta Pessoa...
Há um ano foi pela primeira vez ao doc lisboa e assisti a um documentário chamado "Lisboa Domiciliária" também da Marta Pessoa e fiquei fascinada... Porque amei.. Basta ver o meu post referente a essa mesma ida ao doc. Quem diria que uns meses depois estaria a trabalhar num projecto com ela mesma...
O mês de Novembro 2010 (mês da montagem do espaço cénico do filme) foi o mês mais estafante de sempre. Nem que seja por ficar sinalizado como o mês em que não tive um unico fim de semana... E precisamente por causa deste projecto.
Hoje ao ouvir o meu nome nos agradecimentos iniciais e o meu nome nos créditos como assistente de cenografia... Vejo que quando nos entregamos a algo de corpo e alma (como foi o caso) às vezes o nosso esforço é reconhecido e apreciado....
Hoje durante uns segundos subi...
O problema é quando, aos 24, se chega a uma fase em que dizemos "é isto que quero fazer o resto da minha vida" como serei eu capaz de encarar a realidade que se avizinha em que deixarei de fazê-lo?

Mas por hoje sou Joana Saboeiro Arquitecta e assistente de cenografia.. Hoje sou feliz... Amanhã arranjarei outros motivos para o continuar a ser..

Joana

quinta-feira, 28 de abril de 2011

horizonte...

 

_Nuvens
_Azul
_Ponte Vasco da Gama

Todos somos actores...

"...Quem há aí que seja a sós o mesmo que é cá fora, e quem foi que em certas horas não representou até consigo mesmo! Vivemos todos de mascaras como velhos actores....! Raul Brandão - Morte do Palhaço

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Lutar contra as nossas próprias barreiras...

Há dias que até a mim me surpreendo.. Hoje foi um desses dias...
Sou uma pessoa extrovertida quando estou na minha zona de conforto.. Mas muito "calada" quando estou fora dela... Quem me conhece pouco poderá dizer que sou reservada, calada ou até mesmo muito timida.
Em termos profissionais isso pode dar a ideia errada de que não me interesso, ou que simplesmente não sei nada de nada...

Quando as pessoas esperam demais de nós, ou quando criam demasiadas expectivas em relação a nós, é aí que tudo descamba.. Brancas? Desinteresse? Medo? Não sei.. Medo de errar, sim sei que esse é um dos problemas que me leva a optar (inconscientemente) pelo silêncio. Defesa? Sim poderá ser... O que provocou isto? Epah... A vida...

Mas hoje espontaneamente, de pouca duração, saiu qualquer coisa. Apanhada de surpresa (inconsciente) disse o que sentia e o que pensava..
Obviamente que depois fiquei a pensar.. Será que fiz bem em dizê-lo.. Mas cheguei à conclusão que como foi tão espontâneo foi 100% genuino, por isso sim fiz bem em dizê-lo...

O dificil não é lutar contra as barreiras que nos aperecem no caminho, dificil é lutar contra as nossas próprias barreiras. Espero que este pequenino passo seja um degrau nesse crescimento pessoal e de ultrapassar as minhas próprias barreiras. Sejam elas conscientes ou inconscientes...

Jo***

domingo, 27 de março de 2011

Feliz dia do Teatro

amo fazer, amo ver, amo sentir, amo estar presente... E tudo isto consigo reuni-lo numa palavra só TEATRO... Encaro o teatro como sendo uma parte de mim e de quem sou, por isso Feliz dia do Teatro =)
Jo***

sábado, 12 de março de 2011

"Pedro e Inês" - Teatro O Bando

Um espectáculo que aconselho vivamente a todos a saborear..
A cenografia está brutal. Já o sabia quando fiz a maquete, mas foi quando andei a brincar com a maquete, a luz e a fotografia que percebi a potencialidade contida na mesma.


Fotos: Maquete do espaço cénico do espectáculo
por Joana Saboeiro
No intimo do nosso ser existe um animal. Animal que em alguns se manifesta pelo silêncio ou que simplesmente está adormecido. Animal que noutros parece que não existe.
Em termos pessoais neste espectáculo percebi que tudo é possível.
E que chega de estar no fundo da cadeia alimentar.
Chega de deixar o meu animal interior a dormir.
Agora que percebi que é importante lutarmos por nós senão ninguém o fará vai ser difícil voltar a adormecer.
O texto diz quem nasce escravo morre escravo a quem nasce livre cabe o dever de fazer valer essa liberdade.
Senão nasci escrava porque é que me comporto como uma?!?
Está na altura de dizer chega... Escrava não sou e sou livre para querer sentir e viver mais do que é esperado de mim.. Está na altura de crescer e viver...

Jo***


Ficha técnica do espectáculo:
A partir do texto inédito “Inês Morre” de Miguel Jesus
encenação Anatoly Praudin

com Estêvão Antunes, Helena Afonso, Horácio Manuel, Ivo Alexandre, Miguel Borges, Sara de Castro e Susana Blazer

coordenação artística João Brites

composição musical Jorge Salgueiro
espaço cénico Rui Francisco
figurinos e adereços Clara Bento
oralidade Teresa Lima
desenho de luz João Cachulo
apoio à dramaturgia Odette Bereska
vídeo ARTICA (André Almeida e Guilherme Martins)
assistência à direcção artística João Neca

quinta-feira, 3 de março de 2011

Levantamentos na serra do Bando...=)

às vezes trabalhar tem destas coisas...=)






domingo, 27 de fevereiro de 2011

Vamos continuar a fazer tudo por quem nada faz por nós. E a não fazer nada por quem tudo faz por nós. Esta sim é a lei da vida. Por isso porque não aplicar as energias em nós mesmos de vez em quando?

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Um dia a maioria de nós irá separar-se.

"Um dia a maioria de nós irá separar-se.

Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora,
das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos,
dos tantos risos e momentos que partilhamos.


Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das
vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim... do
companheirismo vivido.

Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje não tenho mais tanta certeza disso.

Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum
desentendimento, segue a sua vida.
Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe...nas cartas que
trocaremos.

Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...
Aí, os dias vão passar, meses...anos... até este contacto se tornar
cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo....

Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão:
"Quem são aquelas pessoas?"

Diremos...que eram nossos amigos e...... isso vai doer tanto!
-"Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons
anos da minha vida!"

A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente......

Quando o nosso grupo estiver incompleto...
reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo.

E, entre lágrima abraçar-nos-emos.

Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes
daquele dia em diante.

Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a
viver a sua vida, isolada do passado.

E perder-nos-emos no tempo.....

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes
que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a
causa de grandes tempestades....

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem
morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos
os meus
amigos!"

Fernando Pessoa

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

9h e 600km depois...

3 horas de viagem com chuva...
300km...
4 graus...
Nevoeiro...
Penamacor...



2 horas mais tarde... regresso...
3 horas depois de caminho...
 mais chuva...
600km...
Lisboa...
Lua...
 

 Jo***

depois de 9h e 300km...

Depois de 9h e 300Km de viagem num dia tempestuoso de Inverno de hoje, na viagem de volta deparo-me com esta música...



"O primeiro dia" - Sérgio Godinho

"A principio é simples, anda-se sózinho
passa-se nas ruas bem devagarinho
está-se bem no silêncio e no borborinho
bebe-se as certezas num copo de vinho
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo
dá-se a volta ao medo, dá-se a volta ao mundo
diz-se do passado, que está moribundo
bebe-se o alento num copo sem fundo
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

E é então que amigos nos oferecem leito
entra-se cansado e sai-se refeito
luta-se por tudo o que se leva a peito
bebe-se, come-se e alguém nos diz: bom proveito
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Depois vêm cansaços e o corpo fraqueja
olha-se para dentro e já pouco sobeja
pede-se o descanso, por curto que seja
apagam-se dúvidas num mar de cerveja
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Enfim duma escolha faz-se um desafio
enfrenta-se a vida de fio a pavio
navega-se sem mar, sem vela ou navio
bebe-se a coragem até dum copo vazio
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

E entretanto o tempo fez cinza da brasa
e outra maré cheia virá da maré vazia
nasce um novo dia e no braço outra asa
brinda-se aos amores com o vinho da casa
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida."


Depois de uma viagem onde percebi que temos de lutar se quero continuar a fazer e a gostar do que faço actualmente tenho muito que lutar e crescer...
E antes de lutar contra os outros tenho sim que lutar contra mim mesma...
Mais uma vez.. tenho de crescer, falar, mostrar quem realmente sou e a minha força interior... porque a realidade é que ela existe... só algumas pessoas a conhecem...
Quebrar as minhas próprias barreiras... "Hoje é o primeiro dia do resto da minha vida"

Jo***

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

à procura...

Continuo à procura...
À procura de um motivo para continuar a lutar...
À procura de uma luz ao fundo do túnel que me continua a puxar para continuar a lutar...
Mas às vezes é tão dificil..
Olhamos à volta e tudo desmorona..
Olhamos à volta e parece que cada vez mais essa luzinha perde o brilho...
Não quero desistir já... principalmente depois do último ano.. onde cresci, aprendi e vivi muito...
Mas depois de subir muito a tendência não será descer?
Gostava de puder continuar...
2010 foi o ano dos olás e de um enriquecimento pessoal gigantesco...
Não quero que 2011 seja o ano do adeus...
Um já foi e o outro??
Pior do que ter que dizer adeus é saber quando o temos que fazer e quanto tempo falta para o fazer..
Há coisas que é preferivel não termos conhecimento... O ter de dizer adeus é uma delas...

À procura de forças para aproveitar o tempo que me resta... Mas onde estão elas???

Jo***

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

a vida

A atitude é tudo.
A vida deve ser encarada com um sorriso.
Hoje estás mal amanhã estarás melhor...
Engraçado ser uma rapariga mais nova do que eu a ter esta atitude e a conseguir efectivamente consegui-lo..
"tudo tem solução, pode não ser a que mais gostas, mas tem"



Jo***

domingo, 30 de janeiro de 2011

estado de espírito...

Por vezes deparamo-nos com músicas que representam exactamente fases das nossas vidas. Esta do filme, muito bom, Burlesque cantada pela Cher representada o que sinto várias vezes e na fase em que me encontro agora....



Jo***